Inflação nos EUA atinge menor valor em dois anos e pode indicar fim das altas de juros joao.santos@estadao.com

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A inflação dos Estados Unidos – indicador mais esperado pelo mercado financeiro nesta quarta-feira, 12/07 – desacelerou na passagem de maio para junho.

A perda de ritmo na comparação anual trouxe mais esperanças de que o Federal Reserve (Fed) – o Banco Central americano – possa em breve encerrar os aumentos mais agressivos em décadas na sua taxa básica de juros.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos acumulou uma alta anual de 3% em junho. Esse é o menor valor registrado desde março de 2021, segundo o Departamento do Trabalho americano.

O indicador mostra uma forte desaceleração em relação aos 4,9% registrados em abril e os 4% em maio. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central dos Estados Unidos é de 2%.

Núcleo de inflação também desacelera

Ao excluir itens mais voláteis como alimentos e energia – o chamado núcleo de inflação – o índice avançou 4,8% em junho, após um crescimento de 5,3% em maio. Esse também é o menor valor desde 2021.

Importante explicar que esse dado é o mais observado pelos membros do Fed para definir a política monetária. Isso porque ele indica a tendências dos preços.

Expectativas sobre os juros

Para o economista da XP, Francisco Nobre, diante desse resultado o Fed não deveria aumentar mais os juros de referência no país.

“No entanto, os dados de hoje tem muito pouco potencial para mudar a opinião dos membros do FOMC [comitê de política monetária dos EUA] sobre a decisão de julho. Esperamos que o Fed entregue o aumento 0,25 ponto percentual que eles têm sinalizado fortemente”.

Apesar da decisão para a próxima reunião do Fed, no dia 27 de julho, já estar praticamente tomada, o analista da XP acredita que o resultado de hoje será altamente relevante para a política monetária no médio prazo. “Diminui a chance do Fed aumentar ainda mais os juros após a decisão de julho. O nosso cenário base considera que essa alta será a última do ciclo atual, alcançando a taxa terminal de 5,5%”, conclui.

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