O Relatório de Gestão de Reservas Internacionais é uma publicação anual do Banco Central. O material é produzido pelo Departamento de Riscos Corporativos e Referências Operacionais.
Dessa maneira, o último documento disponível é a 16ª edição. A data de divulgação é março do ano passado. Portanto em breve um novo documento deve ser tornado público pela autoridade monetária brasileira.
O relatório informa que a gestão de reservas internacionais é resultado de um sistema de governança com hierarquia definida. Assim, o documento disponível informa que havia, em dezembro de 2023, US$ 355,03 bilhões de reservas internacionais do Brasil. O volume era maior do que o observado um ano antes: US$ 324,70 bilhões.
Reservas internacionais: a política de investimentos
Dessa forma, é preciso entender que a política de investimento das reservas internacionais passa por algumas premissas. Duas, especificamente. A primeira é prover confiança ao mercado de que o País é capaz de honrar seus compromissos externos. A segunda é fornecer suporte à execução das políticas monetárias e cambiais.
Assim, se define uma carteira com horizonte de longo prazo. O que se traduz em um perfil conservador por parte do Banco Central.
Distribuição por moedas das reservas internacionais
Tomando como base o relatório de março do ano passado, que reflete a posição das reservas internacionais em dezembro de 2023, a alocação por moedas se dava da seguinte maneira.
MoedaAlocação da reserva internacionalDólar norte-americano79,99%Euro5,24%Renminbi4,80%Libra esterlina3,58%Ouro2,60%Iene1,80%Dólar canadense1,01%Dólar australiano0,90%Fonte: Banco Central do Brasil
Entre os investimentos feitos, o relatório faz uma ressalva, em que o ouro é adquirido apenas no exterior.
“Verifica-se, em todo o período, o dólar norte-americano como moeda de maior participação”, informa o relatório. Mas há um complemento. “Em 2019 e 2020 houve pequeno aumento na posição em euro”.
Onde o Banco Central investe o dinheiro do Brasil?
Ainda de acordo com o documento, o investimento das reservas internacionais se dá basicamente em renda fixa. São títulos governamentais soberanos, de governos locais, títulos de agências do governo de diversos países e por aí vai.
Dessa maneira, em dezembro de 2023 a alocação se dava da seguinte forma.
Alocação conforme o ativo (principais)ParticipaçãoTítulos governamentais86,57%Depósitos em bancos centrais4,13%Ouro2,60%Títulos de organismos supranacionais1,38%ETFs de corporates1,28%Títulos de agências1,23%Fonte: Banco Central do Brasil
Para saber mais, vale conferir o relatório completo disponível no site do Banco Central.
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