Com mais de 850 mil investidores, indústria brasileira de ETFs (fundos listados em bolsa) tem passado por um momento de importante transformação. Os fundos de índice superaram a marca de R$ 75 bilhões em patrimônio consolidado, e têm crescido em número e diversidade. É o que mostra o “Report Anual de ETFs 2025”, relatório apresentado nesta quarta-feira (12) durante o ETF Day Brasília, evento promovido pela B3 para debater o mercado dos fundos de índices.
O relatório, que analisa a evolução do setor desde o lançamento do primeiro ETF do país, em 2004, conclui que o Brasil entrou em uma nova fase, migrando da “democratização” do acesso para a “sofisticação acessível”, destacando o recorde em inovação de produtos em 2025.
“O que começou como uma proposta simples – permitir que o investidor replicasse o desempenho de um índice de ações com apenas uma cota – tornou-se, em 2025, um ecossistema robusto, globalizado e cada vez mais sofisticado, capaz de atender tanto investidores iniciantes quanto instituições de grande porte”, diz o relatório.
Confira todos os ETFs listados na B3 e compare diferentes produtos
Os produtos evoluíram de replicadores de índices para estruturas inteligentes e temáticas, desenhadas para capturar tendências de longo prazo e integrar portfólios globais com eficiência e transparência.
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São quase 500 produtos disponíveis, entre listados na B3 e no exterior, que cobrem desde o Ibovespa até índices de crédito privado, inovação tecnológica, commodities e até criptoativos. Neste ano, o mercado viu o lançamento de produtos que abrem novas possibilidades de estratégias de investimento, como:
o primeiro ETF híbrido, combinando renda fixa e variável (GOAT11, da Itaú Asset);
o primeiro modelo de cogestão (GBRT11);
o ETF Connect, programa pioneiro que conecta a B3 às bolsas de Xangai e Shenzhen, permitindo listagens recíprocas;
e o primeiro ETF brasileiro baseado em contratos futuros de Bitcoin (NBIT11, da Nu Asset)
“A B3 acompanha de perto as demandas dos investidores e as tendências globais”, afirma Bianca Maria, gerente de Produtos de Cash Equities da B3. “O que observamos é um apetite crescente por novas teses e estratégias de ETFs. Esse mercado vem crescendo de forma consistente desde 2020, passando de 30 produtos listados para mais de 500 atualmente, o que mostra o aumento de opções à disposição dos investidores na bolsa do Brasil.”
Para Bruno Paolinelli, influenciador e especialista em investimentos, os ETFs podem servir como base para montar uma carteira. “Os ETFs entregam, em um único ativo, aquilo que eu levava semanas pra montar. Diversificação, simplicidade e disciplina: três fatores que encaixaram perfeitamente no meu novo momento de vida, em que meu tempo passou a ser o recurso mais escasso”, escreve ele no anuário. “No fim, é simples: investir em ETF é investir em disciplina. E é exatamente isso que o mercado brasileiro mais precisa aprender a valorizar”, resume Paolinelli.
Tenha acesso ao relatório completo clicando aqui.
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