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“A IA faz coisas incríveis, mas ainda é fraca”, afirma Paul Romer, vencedor Prêmio Nobel de Economia João Santos

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Os avanços da Inteligência Artificial (IA) são vistos pelo mundo todo há alguns anos, mas apesar de fazer coisas incríveis, a tecnologia ainda está muito aquém do que se espera, segundo Paul Romer, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, ex-presidente do Banco Mundial e professor de finanças da Boston College. 

Em palestra na Febraban Tech 2025, Romer alertou para os perigos do mau uso da tecnologia e da geração de ferramentas sem um cuidado essencial. 

“A IA é interessante, faz coisas incríveis, mas ainda é muito fraca. Temos que tomar muito cuidado e não nos deixarmos levar por pessoas que querem ganhar dinheiro e vendem ferramentas perigosas, que não estão prontas para serem usadas da maneira que querem usá-las”, destacou ele. 

Para o vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2018, o progresso humano durante a história é feito através do compartilhamento de ideias, e o processo científico de buscar a verdade sobre as coisas é algo imprescindível. Porém, ele vê como um ponto de atenção a forma como a evolução da IA pode impactar esse processo.  

Segundo Paul Romer, as LLM (Large Language Model), modelos de inteligência artificial que usam técnicas de aprendizado profundo para entender, gerar e manipular linguagem humana, hoje têm cerca de apenas 60% apenas de precisão nas informações geradas. Isso gera um perigo de informações erradas sem uma revisão prévia, que na visão do economista é um perigo no longo prazo. 

“Será que estes sistemas de descoberta da verdade continuarão a funcionar no futuro? Como a IA vai afetar esses sistemas? Por isso, é muito importante tomar decisões com base em informações verdadeiras”, alerta. 

Apesar disso, Romer afirma que a “os medos e as esperanças em relação à IA são exagerados”, já que não há dados e pesquisas suficientes que medem o progresso e os impactos que a IA pode gerar na sua capacidade máxima.    

Evoluir a IA de forma compartilhada 

Para mitigar os riscos de erros e fomentar uma evolução da inteligência artificial de forma sustentável e respeitando a busca pela verdade além do ganho de capital, o economista destacou a importância de se fazer isso de forma conjunta no mundo todo. 

“A experimentação individual não é confiável, por isso é importante o compartilhamento de informações para que mais pessoas façam agregações. O maior perigo no momento é que o sistema de ciência colapse e acabe. Para que as decisões sejam tomadas não mais com base na verdade e sim na venda”, apontou Paul Romer.  

“Temos que pensar nos modelos de IA através da ciência e não do lucro. Os governos deveriam dar suporte, assim como as pessoas que têm conhecimento do tema precisam compartilhar o que estão aprendendo. O desenvolvimento deveria ser com informações públicas, de fonte aberta. Ninguém fica milionário com a descoberta de um teorema, e ainda há inúmeros benefícios. Assim deveria ser com a inteligência financeira”, completa.

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