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“Diversificação internacional não é luxo, é gestão de riscos”, diz Isabella Nunes, da J.P. Morgan victor.rsilva

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Investir no exterior pode parecer um passo distante, ou arriscado demais, para muitos brasileiros. Mas investir lá fora tem se tornado cada vez mais fácil. E em um mundo cada vez mais incerto e volátil, ampliar a exposição a ativos globais não é só uma forma de buscar retorno, mas uma estratégia de proteção. “Diversificação internacional não é luxo, não é modismo, é gestão de riscos”, afirmou Isabella Nunes, diretora executiva da J.P. Morgan Asset Management, durante painel sobre investimentos globais.

Ela dividiu o palco com Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, para discutir por que esse tipo de diversificação deve estar no radar de todos os perfis de investidor – inclusive os mais conservadores.

“Me perguntam se investimento internacional é para todos os perfis, e a resposta é sim. Tirando prazo curtíssimo, muito difícil ter uma carteira que não vá se valer no longo prazo de trazer investimentos internacionais”, diz Rachel. “Temos de tentar relativizar a ideia de que você precisa ser um investidor super arrojado. Existem diferentes investimentos lá fora”, ressalta.

Segundo ela, ignorar o exterior é deixar de lado parte do que impacta diretamente a vida do brasileiro. “Fizemos um estudo e descobrimos que 40% dos itens do IPCA sofrem impacto relevante de taxa de câmbio. Além de ter o ganho da diversificação nos investimentos, de você ter retornos maiores ajustados ao risco, [investir no exterior] vai proteger também o seu poder de compra”, diz Rachel.

Além da proteção, há uma lógica de participar da economia globalizada. “Nós somos consumidores globais. Usamos produtos e serviços de empresas globais. Por que não participar da receita dessas companhias?”, lembra Isabella. “Hoje em dia, o acesso é mais simples. Antes, era só para poucos. Agora, qualquer investidor pode dar esse passo.”

Rachel reforçou a ideia: “Hoje, ficou mais fácil criar uma conta lá fora. Mas você nem precisa ter uma conta internacional, hoje tem maneiras de fazer isso no Brasil, via fundos, BDRs e ETFs. As possibilidades são inúmeras. Investir internacionalmente não deveria ser uma dificuldade a mais do que investir”, diz.

O maior erro, segundo Rachel, é esperar o “momento ideal” para investir fora do Brasil. “Não é um trade de moeda, estamos falando para pensar no longo prazo, pensar nos benefícios da diversificação incluindo uma moeda forte. Não é ficar procurando o timing do mercado e da moeda. O melhor momento é agora, se não foi ontem é hoje. E ter consistência ao longo do tempo e respeitar o perfil”.

Isabella também reforçou a ideia de que é preciso ter consistência, e fugir da ideia de que é possível prever o mercado. “Volatilidade existe em todos os mercados. Este ano foi uma montanha-russa. A bolsa americana já caiu 20% e se recuperou. Quem resgatou no momento errado colocou o prejuízo no bolso. Quem manteve a posição, recuperou”, diz.

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