Um dos destaques da agenda doméstica nesta semana é a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de audiência pública na Comissão de Assuntos econômicos (CAE) do Senado, amanhã, para explicar o nível elevado da Selic, hoje em 13,75%.
Nesta segunda-feira, 24/4, foi divulgado o Boletim Focus do Banco Central, às 8h25. Além disso, o mercado monitora a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Portugal e Espanha.
Na terça-feira (25/04) será divulgado o indicador de vendas no varejo restrito e ampliado de abril e nota do setor externo e balanço do Santander Brasil.
Na quarta-feira (26/04) são esperados os balanços da Gol, Vale e 3R, além do relatório da dívida pública, nota de crédito e IPCA-15.
Quinta-feira (27/04) saem o IGP-M de abril, resultado primário do governo central, pesquisa de serviços, dados do Caged e balanços da Cielo, Hypera, Multiplan e Suzano.
Na sexta-feira (28/04) serão divulgados o setor público consolidado, Pnad Contínua, IBC-Br de fevereiro.
Lá fora, o Banco do Japão (BoJ) anuncia decisão de política monetária, a primeira sob o comando de Kazuo Ueda, e são esperadas as leituras iniciais do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e da zona do euro do 1º trimestre.
Com esses indicadores será possível avaliar o impacto das agressivas elevações de juros implementadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e pelo Banco Central Europeu (BCE) desde o ano passado.
Entre os balanços internacionais destaque para Santander, Alphabet, Meta e Amazon.
No exterior
Na Alemanha, o índice de sentimento das empresas subiu de 93,2 pontos em março para 93,6 pontos em abril, atingindo o maior nível desde fevereiro do ano passado, mas abaixo da expectativa de analistas (93,8 pontos).
O Credit Suisse voltou a lucrar nos primeiros três meses do ano, depois de acumular prejuízos por cinco trimestres seguidos. O resultado acontece no momento em que o controle do banco está sendo assumido pelo também suíço UBS. A operação de emergência teve como objetivo restaurar a confiança no sistema bancário global.
No Brasil
A cautela externa pode afetar o Ibovespa nesta segunda-feira de agenda mais esvaziada e com investidores à espera de Campos Neto na CAE do Senado, amanhã.
Campos Neto reforçou na sexta-feira que há inflação de demanda no Brasil justificando o atual patamar da Selic e a situação fiscal do Pais é outro elemento entre as justificativas dos juros a 13,75% ao ano.
Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a se dirigir a Campos Neto e pedir a redução da taxa básica de juros brasileira.
*Com informações da Agência Estado