O IBGE publicou na manhã desta sexta-feira, 19, o PIB dos municípios referente ao ano de 2023. Os 10 municípios do topo da lista responderam por um quarto da economia brasileira no período. O estado de São Paulo foi o que teve mais cidades no topo da relação, com três.
São Paulo (SP), com 9,7%; Rio de Janeiro (RJ), 3,8%; Brasília (DF), 3,3%; Maricá (RJ), 1,2%; Belo Horizonte (MG), 1,2%; Manaus (AM), 1,2%; Curitiba (PR), 1,1%; Osasco (SP), 1,1%; Porto Alegre (RS), 1,0% e Guarulhos (SP), 0,9% lideram a lista.
Divulgação/IBGE
A participação no PIB nacional dos 5.543 municípios que não são capitais recuou de 72,5% em 2022 para 71,7% em 2023, enquanto os 27 municípios de capital expandiram de 27,5% para 28,3% no mesmo período.
O principal fator para esse aumento de participação das capitais foi o bom desempenho do setor de serviços. São Paulo teve o maior ganho de participação (0,4 p.p.), seguido por Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ), com aumentos de 0,1 p.p., cada. Belo Horizonte (MG) variou próximo a 0,1 p.p. e permaneceu entre as capitais com maior peso.
Já no grupo de cinco municípios com perdas mais intensas de participação no PIB nacional entre 2022 e 2023, todos tinham a economia relacionada à exploração de petróleo: Maricá (RJ), com queda de 0,3 ponto percentual (p.p.), Niterói (RJ) e Saquarema (RJ), com -0,2 p.p., cada. Ilhabela (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ) completam a lista, ambos com -0,1 p.p.
PIB per capita e Desigualdade
Saquarema (RJ) liderou o PIB per capita em 2023, com R$ 722,4 mil por habitante. Entre as capitais, o maior índice foi registrado em Brasília (DF), com R$ 129,8 mil — valor 2,41 vezes superior à média nacional, fixada em R$ 53,9 mil.
Na base da pirâmide econômica, Manari (PE) apresentou o menor valor por habitante do país: R$ 7.201,70. O estado do Maranhão concentra quatro dos cinco menores PIBs per capita do Brasil, incluindo as cidades de Nina Rodrigues (MA) e Matões do Norte (MA).
A Grande São Paulo, composta por 37 municípios, elevou sua representatividade de 15,8% para 16,2%. Em contraste, a região metropolitana do Rio de Janeiro, que soma 21 municípios, foi a que mais perdeu espaço, com queda de 8,7% para 8,0% na composição do produto nacional.
*Matéria publicada originalmente em IstoÉ Dinheiro, parceiro de B3 Bora Investir