Prévia da inflação: Alimentos têm deflação pelo 5º mês seguido; veja maiores quedas do ano Daniela Frabasile

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Os alimentos foram considerados os grandes vilões da inflação no primeiro semestre do ano. Agora, porém, têm dado uma contribuição importante para a desaceleração da alta dos preços gerais da economia nacional.

Pelo quinto mês consecutivo, os alimentos registram deflação, conforme dados do IPCA-15 divulgados hoje pelo IBGE, considerados a prévia da inflação para o mês de outubro. Enquanto o indicador geral registrou uma alta de 0,18%, os preços dos alimentos recuaram 0,02%.

Os alimentos que tiveram as maiores quedas nos 15 primeiros dias de outubro foram pepino (-24,4%), abobrinha (-20,8%), morando (-15,6%), peixe castanha (-12,7%) e o pimentão (-9,5%). Já as maiores altas ficaram por conta da valorização do maracujá (+21,5%), limão (+16%), laranja lima (+10,7%), banana maçã (+8,7%) e banana d’água (+7,6).

Produtos que foram símbolos da alta dos preços dos alimentos há alguns meses, hoje, tem dado uma contribuição menor. O preço do café moído, por exemplo, teve uma alta de apenas 0,4% nos primeiros 15 dias de outubro. Já o azeite de oliva, outro item que havia disparado de preços, na primeira quinzena de outubro, caiu 2%.

Inflação em 12 meses

Apesar dos preços dos alimentos terem entrado em uma trajetória de queda desde junho, no acumulado dos últimos 12 meses a situação é diferente. Enquanto a prévia da inflação oficial acumula uma alta de 4,94%, a inflação dos alimentos é de 6,26%.

Os produtos que mais subiram de preços no acumulado dos últimos 12 meses foram café moído (+53,1%), abobrinha (+42,9%), pimentão (+36,2%), tomate (+28,2%) e café solúvel (+26,5%). Os alimentos que mais caíram de preço no mesmo período foram a batata inglesa (-39,2%), feijão preto (-32,2%), cebola (-27,2%), pepino (-27%) e arroz (-22,5%).

“Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,94%, menor do que os 5,32% registrados em setembro, mas ainda bem acima da meta de inflação, que é de 3%. Na nossa visão, o cenário segue desafiador, especialmente no segmento de serviços subjacentes, que exclui itens mais voláteis, como passagens aéreas. Embora tenha desacelerado de 6,7% em setembro para 6,3% em outubro, a inflação dessa categoria segue em patamar elevado”, disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank .

Alimentos em 2025

Considerando apenas o que aconteceu em 2025, a situação é mais equilibrada. Segundo o IBGE, o IPCA-15 deste ano até outubro está em alta de 3,94%, enquanto os preços dos alimentos apresentam uma valorização de 3,34%.

Os alimentos que mais subiram de preço em 2025 foram a abobrinha (+48,2%), o café moído (+44,5%), pimentão (+42,9%), manga (+34,9%) e o tomate (+27,1%). As maiores quedas do ano ficam por conta do abacate (-56,5%), da laranja lima (-40,6%), da batata inglesa (-34,1%), feijão preto (-31,5%) e da laranja pera (-27,6%).

“Nossa avaliação é que, até o início de 2026, a inflação projetada pelo Banco Central para o horizonte relevante estará em linha com a meta. Isso deve levar a autoridade monetária a iniciar o ciclo de cortes de juros a partir de janeiro de 2026, reduzindo a taxa Selic para 11,0% em dezembro de 2026”, disse Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo.

*Matéria originalmente publicada pela IstoÉ Dinheiro

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