Um dos momentos mais aguardados do ano para os trabalhadores é dia do pagamento do 13º salário. Em 2025, a primeira parcela do benefício deve ser paga até 28 de novembro, enquanto a segunda cairá na conta até 20 de dezembro. Esse dinheiro “extra” costuma levar alívio aos bolsos daqueles que planejam festas de fim de ano, compra de presentes, pagamento de dívidas, mas também pode impulsionar os que pretendem fazer o primeiro investimento ou aumentar o valor de suas reservas.
O valor do 13º é referente a um mês de salário, descontando o Imposto de Renda e o INSS na segunda parcela. Para quem não tem um ano de registro em carteira, o cálculo do pagamento é feito de maneira proporcional, pela divisão da remuneração integral por doze (meses do ano) seguida da multiplicação do resultado pelo número de meses trabalhados.
Onde investir o 13º salário?
Para quem pretende investir esse dinheiro a mais recebido no final do ano, Bruno Perri, estrategista de investimentos, economista e sócio-fundador da Forum Investimentos, comenta que o produto mais recomendado vai depender dos objetivos de cada um.
“Se o curto prazo é prioridade — como reserva de emergência ou despesas de início de ano — os melhores investimentos são os conservadores e líquidos, fundamentalmente por oferecerem baixo risco e alta liquidez”, diz. Neste caso, ele menciona que “LCIs e LCAs com liquidez diária para prazos mais curtos pelo benefício da isenção de IR, e posteriormente o Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária que ofereçam rendimentos superiores ao CDI. Fundos DI também são boa alternativa”, complementa.
No mesmo sentido, Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, acredita que a prioridade para o 13º salário deve ser a construção de uma reserva de emergência. Porém, se essa base já estiver construída, ele crê que é possível “equilibrar recursos entre metas de médio e longo prazo, incluindo lazer e qualidade de vida, mas sem descuidar da segurança”.
Segundo Patzlaff, “o Tesouro Selic é a opção mais segura do país que rende a Selic (15%) + um percentual e você pode sacar quando precisar. Os CDBs, o investidor deve se atentar ao emissor e ao valor máximo coberto pelo FGC (R$ 250mil por CPF) para não correr grandes riscos, podendo priorizar os CDBs pós fixados que pagam no mínimo 100% do CDI”, afirma.
Outra alternativa que o planejador financeiro entende que deve ser observada para investir o benefício são os fundos. “Fundos são uma ótima opção para quem não consegue escolher entre os diversos papéis do mercado, já que tem um gestor por trás. Aqui, o investidor precisa ficar atento à taxa de administração e ao prazo de resgate de cada fundo”, complementa.
Para quem já está com a vida mais organizada financeiramente e busca investimento de longo prazo, Perri acredita que “outras opções entram no radar, como Tesouro IPCA+, CDBs de prazos mais longos, e mesmo alternativas em renda variável, como FIIs e ações boas pagadoras de dividendos, que proporcionam uma renda extra”. Já para trabalhadores celetistas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda, ele indica que os fundos de previdência na modalidade PGBL sejam considerados pelos ganhos tributários.
Lucas Girão, economista e especialista em investimentos, entende que “para quem já possui uma reserva formada e pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo, fundos de investimento ou ETFs de renda fixa podem oferecer retornos mais atrativos”, analisa. Ainda aos que tem objetivos de longo prazo, ele acredita que “Tesouro IPCA e fundos multimercados conservadores também entram como boas alternativas, especialmente para quem quer proteger o poder de compra contra a inflação”, conclui.
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