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O que são fundos de renda fixa e como investir neles?

Os fundos de renda fixa têm rendimentos previsíveis, oscilações baixas e um alto nível de segurança, assim como a modalidade de investimento.

Entre as aplicações que podem fazer parte deste tipo de aplicação estão títulos bancários, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), títulos públicos (emitidos pelo Tesouro Direto) e títulos de dívida de empresas, a exemplo de debêntures, LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.

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Ou seja, estes fundos permitem investir em vários produtos de renda fixa a partir de uma única aplicação. Por isso, são considerados opções de baixo risco e indicados para quem deseja diversificar seus investimentos. Por isso, costumam ser indicados para investidores iniciantes, diz Carlos Castro, CEO da SuperRico.

“Os fundos de renda fixa são indicados para todos os perfis de investidores porque toda carteira precisa ter uma parte de seus investimentos na renda fixa”, diz. A proporção do tipo de investimento vai variar conforme o conhecimento de mercado e disponibilidade para, eventualmente, arcar com prejuízos, explica o especialista.

Como funcionam os fundos de renda fixa?

O que o fundo terá dentro de sua carteira vai depender do gestor, que gerencia as aplicações com base em uma estratégia combinada com os cotistas. 

O gestor é um profissional escolhido pela instituição financeira que oferece a aplicação para administrá-la, o que dá uma camada adicional de segurança à escolha. É o gestor que realiza os aportes conforme a política do fundo, o cenário atual da economia e, claro, o preço do ativo e sua rentabilidade prevista.

Quando um investidor decide investir em um fundo, de qualquer natureza, ele compra uma parte da aplicação, chamada de cota. O dinheiro das cotas, somados, formam o patrimônio do fundo. É com base nele que o gestor vai escolher onde aplicar ou resgatar suas posições

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Os rendimentos dos fundos de renda fixa estão ligados ao desempenho das aplicações da carteira. Muitas vezes essas remunerações estão atreladas à Selic ou à inflação. Para acompanhar o desempenho do investimento, o cotista deve acompanhar os relatórios e informes divulgados pelos administradores do fundo. 

Estes documentos informarão quais são as novas apostas da aplicação e quais investimentos deixaram de ser atrativos, na visão do gestor. Também constam nesses documentos, é claro, os resultados do fundo. Dessa maneira, o investidor será capaz de avaliar o que está sendo feito com o seu dinheiro e checar se vale a pena, ou não, deixá-lo lá.

Quais os tipos de fundos de renda fixa?

A composição do fundo, bem como seu prazo e objetivos, vão classificá-lo segundo critérios da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Todos possuem, no mínimo, 80% do seu patrimônio aplicado na renda fixa. Na maior parte dos casos, o porcentual é ainda maior. O restante costuma ser aplicado em derivativos

As principais subdivisões dos fundos de renda fixa são:

Simples

Focados no investidor iniciante, este tipo de fundo é proibido de alocar seus recursos em títulos da dívida pública de outros países ou da dívida de empresas do exterior – a fim de poupar o cotista de variações abruptas. 

Via de regra, seus objetivos e prazos são de curta duração. A CVM estabelece que 95% da sua formação seja de títulos brasileiros de baixo risco, tanto públicos quanto privados

Curto prazo

Aqui, os vencimentos são limitados a 365 dias, e o limite da carteira não pode ultrapassar 60 dias. Apesar de terem risco igualmente baixo, o gestor tem maior liberdade para escolher suas aplicações. Muitas delas estarão atreladas à Selic ou serão prefixados, visto que são destinados a pequenos investidores.

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Longo prazo

Já os fundos de renda fixa de longo prazo tem um vencimento maior que um ano, e o gestor pode experimentar um pouco mais de risco. São permitidas aplicações em títulos privados e públicos, pós e pré fixados. Apesar da menor segurança, há mais rentabilidade que nas duas categorias anteriores.

Referenciados

Como o nome sugere, um fundo de renda fixa referenciado vai acompanhar o desempenho de algum índice de referência – como a taxa de Depósitos Interbancários (DI), a inflação oficial do país medida pelo IPCA ou a taxa de juros básicos. 

Por isso, 95% dos aportes do fundo devem ser feitos em ativos que acompanhem o índice em questão. A CVM também exige que 80% da composição da carteira tenha baixo risco.

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Dívida externa

Os títulos da dívida externa do país são o foco deste tipo de fundo. Os gestores ficam proibidos de investir em títulos nacionais, e 95% da composição da carteira deve ficar com os investimentos chamados de títulos globais, ou global bonds, e os eurobonds.

Crédito privado

Estes aqui são para quem gosta de correr um pouco mais de perigo. Os fundos de crédito privado são mais flexíveis e, com isso, mais rentáveis que todos os outros. Ao menos metade da carteira é ocupada por debêntures, emissões bancárias e FIDCs.

Como escolher um fundo de renda fixa?

Os fundos de renda fixa não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Por isso, é preciso escolher uma carteira gerida por uma instituição respeitada no mercado e conhecida pela sua segurança. Caso contrário, as chances de golpes são grandes.

Também é importante conhecer, a fundo, as opções disponíveis no mercado e avaliar qual é a mais adequada aos seus objetivos financeiros. Sabendo disso, vale analisar o histórico de rentabilidade do fundo em questão, além das tributações adotadas.

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Sim! A tributação! Fundos de investimento, de renda, fixa, variável, multimercado ou qualquer outro tipo, contam com taxas de administração e de performance. A primeira, cobrada anualmente, serve para pagar o gestor e manter a estrutura administrativa da corretora. Ela é comum em todos os fundos, ainda que seu percentual varie de casa para casa.

Já a taxa de performance está presente em alguns fundos e, em outros, não. Ela incide sobre a rentabilidade da carteira no caso de lucro, e o porcentual varia conforme a corretora – se é que ela cobrará este tributo.

Quem pode investir em fundos de renda fixa?

Paula Bazzo, planejadora financeira da Planejar, afirma que a renda fixa, é, normalmente, associada a investidores com baixa tolerância ao risco e às oscilações mais abruptas do mercado. “De qualquer forma, todo mundo precisa ter um colchão de segurança, que só a renda fixa oferece”, afirma.

“Os fundos de investimento de renda fixa podem variar conforme a estratégia do investidor, já que eles tem maior exposição a risco e prazos diferentes. E cada objetivo financeiro vai encontrar um produto mais adequado, que pode atender à rentabilidade, estabilidade, liquidez…”, diz a planejadora.

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Normalmente, um investidor faria aportes separados na hora de se proteger da inflação e contratar ganhos modestos com a renda fixa. Mas, visto que os fundos englobam vários destes ativos, o risco de perda é diluído na diversificação – e a chance de prejuízo se torna ainda menor que a dos investimentos conservadores, já tidos como seguros.

Bazzo diz que este fator é um dos principais destaques para investidores iniciantes, além do fato de que os recursos estarão sob a gestão de uma pessoa capacitada.

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Já Castro, da SuperRico, menciona que, por outro lado, as taxas de administração e performance podem afastar o investidor, a depender de como forem calculadas. 

“Algumas cobranças são feitas atreladas à Selic, por exemplo. E, a depender da situação dos juros terminais, a correlação entre rentabilidade e taxa pode valer a pena”, explica o gestor. Hoje, a taxa básica de juros do Brasil está em 13,75%.

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Para ele, investidores iniciantes devem olhar para os fundos de renda fixa com atenção especial visto que são, via de regra, investimentos baratos: “alguns títulos são caros e, se você fosse comprá-los diretamente, atrapalharia sua estratégia de diversificação”.  Dessa maneira, investir nestas carteiras dá acesso a papéis caros de uma forma acessível, diz o CEO.

Passo a passo para investir em fundos de renda fixa

Antes de qualquer coisa, é preciso ter uma conta em uma corretora de investimentos que ofereça fundos de renda fixa aos seus clientes. Existem muitas por aí e, aqui no Bora Investir, ensinamos como escolher a melhor para você.

Depois disso, é fácil. Basta procurar pela seção de fundos no aplicativo da instituição. Lá, deverá aparecer uma série de opções, que devem incluir fundos de renda variável, fundos imobiliários, fundos multimercado… 

Fundos de investimento: saiba qual escolher antes de investir

E, é claro, fundos de renda fixa. Depois de clicar na alternativa desejada, basta selecionar o fundo que melhor se adeque à  sua estratégia financeira e ao seu apetite a risco. Também é importante saber mais sobre a administração da carteira, já que o profissional será responsável por gerir todos os recursos depositados.

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